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Smooth Operator - Alpina Z8

  • Hélder Teixeira
  • 7 de dez. de 2016
  • 3 min de leitura

Existem objectos que definem um homem de bom gosto.

Ter bom gosto tem tudo a ver com escolhas, e por vezes saber escolher faz toda a diferença entre mostrar que temos carcanhol, ou mostrar que temos bom gosto. É precisamente na diferença entre saber encher uma sala sem dizer uma palavra ou ter que mostra o relógio novo que custa algum dinheiro para ser notado. O carro de que vos vou falar hoje revela precisamente isso, a diferença entre ter bom gosto ou simplesmente ter dinheiro.

Hoje escolhi falar-vos de um dos carros de sonho da minha cara-metade, o Z8 Alpina, e ser neste caso ser Alpina faz imensa diferença.

Porque o Z8 Alpina? Fácil 4.8 V8 do Alpina B10…. Para os que não perceberam chama-se exclusividade. Então vamos lá ao porquê deste Alpina ser tão diferente, e na minha opinião a melhor encarnação para o Z8.

O Z8 e por si só um carro fantástico, lightweight, com construção em alumínio com suspensões provenientes do Série 5, portanto competentes, e um motor V8 proveniente do melhor carro do mundo, segundo o Gonçalo, o M5 E39 e a sua caixa manual também.

Em suma é o roadster perfeito…. Não na minha opinião.

Esta combinação entre um motor altamente rotativo e um corpo de atleta feito de alumínio pode parecer uma escolha perfeita e seria se o Z8 fosse um carro puramente desportivo. Ora na minha opinião o Z8 é um carro para ser desfrutado na estrada, entre a montanha e as planícies em tardes solarengas, de top down a curtir o vento e o som do V8. Pelo que ter um motor altamente rotativo não é na minha opinião um must have. E não me interpretem mal eu adoro o Z8 normal e um monstro a destruir pneus e a comer km´s, mas para mim o Z8 é muito mais que isso e o refinamento proporcionado pela Alpina ao Z8 é na minha opinião aquilo que realmente falta a este carro para ser uma Masterpiece.

No que toca à estética a Alpina pouco ou nada acrescentou ao Z8, ao contrário do tratamento dado a outros modelos da marca, mas palavras do seu director o ”Z8 já era uma obra de arte em termos estéticos pouco ou nada havia a acrescentar”, e eu concordo. Já no que toca ao departamento mecânico existem imensas diferenças.

Começa logo pelo V8, ao contrário do usado no Z8 normal, o V8 do M5 e39, o Alpina usa o V8 do Alpina B10, um V8 trabalhado à mão feito com base no V8 do 540i, mas com a cubicagem aumentada para 4.8 litros. Digamos que essencialmente tudo é modificado nos internos do motor para conseguir atingir os 375cv. Sim, é um pouco menos que o Z8 original, mas com um bocadinho mais de binário. E aqui reside a primeira grande diferença… embora o Z8 seja mais bruto e mais rápido em aceleração, este motor compensa nas recuperações devido ao torque, e a entrega de potência e menos brusca sem deixar de ser uma besta com 375 meninos.

Outra grande diferença reside na utilização de uma caixa automática ZF de cinco velocidades, feita sob especificação Alpina. Todos sabem que não sou fã de automáticos, mas neste caso até não me parece mal tendo em conta que foi construída com especificações Alpina, e tendo em conta o mercado Alvo (U.S) era quase inevitável que assim fosse. Mas mesmo assim temos as patilhas e um stick na consola que faz esquecer um pouco a falta de uma caixa convencional. Faz falta, mas perdoa-se…

Já no que toca as suspensões e chassis notasse bastante o dedo da Alpina. Embora use as mesmas molas que um Z8 normal, o Alpina não foi afinado para pista, ou seja foram adaptados amortecedores menos rígidos e umas jantes de 20`` com pneus normais em vez dos duríssimos runflat. Ora estas pequenas afinações fazem com que o refinamento da suspensão em estrada esteja ao nível de um roadster, ao contrário do Z8 tradicional em que vamos a conduzir numa tábua.

Percebem agora o porquê de eu achar este Alpina melhor que o Z8 convencional? É aquele tipo de carro que embora tenha muita pinta e seja extremamente rápido ( V8 do Alpina B10), não é um “race car posh” para gajos de dinheiro, é um roadster e não pretende ser mais que isso.

Penso que a grande diferença entre conduzir um Alpina Z8, e um Z8 esta precisamente no refinamento que a Alpina acrescenta ao seu Z8. Penso que a Alpina tornou um carro muito bom numa obra de arte somente pelo facto de saber perceber que o Z8 deveria ser muito mais que uma máquina rapidíssima, soube perceber que lhe faltava exclusividade, e na minha opinião acertaram em cheio.

Até à próxima por cá, no Vício dos Carros.

 
 
 

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