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Built to resist

  • Hélder Teixeira
  • 31 de ago. de 2016
  • 3 min de leitura

Todos vocês que nos seguem sabem que temos um carinho muito especial pelos antigos, em particular pelos carros da década de 70 em diante, é uma coisa muito nossa e que certamente não será para todos os gostos, mas é para o nosso... Bem esta conversa toda veem a propósito deste modelo que vos vou falar hoje o Bmw E34, há cerca de dois meses comprei um com cerca de 300 mil km, usado diariamente, um achado, é um 524 td de 1989 que ate há data me tem deixado com um maior apreço pela engenharia bávara.

Seria de esperar que num carro com 25 anos estivessem escondidos alguns cancros, bastantes folgas, e um interior a necessitar de mudanças drásticas, entre outros presentes que nos que vivemos para os carros antigos já estamos habitados. No entanto aquilo que encontrei foi uma coisa completamente diferente, aquilo que encontrei foi um carro em muito bom estado, que desde que o tenho já me levou ate há Lousa, Viseu e companhia, para alem da porrada diária no transito da invicta, de problemas nada, é meter gasóleo e andar. Já no que toca há revisão após compra foi o habitual ckeck up aos pontos básicos e andar, e devo realçar o andar por que neste carro da gosto andar e fazer quilómetros, sempre feitos em grande conforto, e um certo status. Como dizia e bem o Gonçalo na nossa ultima road trip, “...este carro foi feito para isto”.

A durabilidade deste carro é a prova evidente da construção automobilística nos anos 90, eram built to resist e mais nada. Mas não nos vamos centrar no meu caso particular, vamos conhecer melhor este carro que tantas paixões desperta há já tantos anos, aqui no vicio somos 2...

Com objectivo de atacar o segmento familiar\luxo, a Bmw substitui o mítico E28 pelo E34 em 88 com uma espantosa gama de motores onde encontramos motores de 4, 6 cilindros em linha e V8 a gasolina ou diesel, e onde também existiu um electrico e sistemas de tração integral, portanto não faltava nada, havia de tudo e para todos os gostos.

Num mundo quase perfeito todos nos teríamos na garagem um 520i, como entrada para todos os dias, um 530i ou um 535i para quando acordar atrasado, ou num dia muito mau para alegrar a coisa um 540i, o V8, bastante para acordar o bairro todo... E isto nas ditas versões normais, depois destas existiam as fabulasticas versões da Alpina, e o mítico M5, o supersaloon de excelência.

Digam la que não era um mundo perfeito, principalmente para os fãs da marca bávara, mas na verdade esta é a melhor prova da versatilidade desta maquina bávara, podíamos ir de um bom cruiser ate as versões mais excêntricas sem grandes truques.

Já no que toca ao chassis, nada apontar a não ser as excelentes prestações em estrada, e o imenso prazer de conduzir um saloon como se de um pequeno sedan se tratasse.

As suspensões, travagem e restante componentes são ainda hoje actuais e em nada ficam a dever na sua qualidade de construção aos carros novos, muito pelo contrario.recorrendo mais uma vez ao meu exemplo, no meu chiante de 89 ja vem equipado com abs, travões de disco as 4 rodas, suspensões multilink, etc...

A bordo como sempre a qualidade dos materiais faz toda a diferença, no caso do meu os estofos são em pele originais e ainda hoje se encontram sem desgaste significativo, é certo que ter sido bem tratado ajuda bastante, mas a qualidade geral do carro e o elevado sentido de que estamos a construir um carro para durar fazem toda a diferença.

O A.C com ajuste bi zona, os bancos aquecidos, computador de bordo, arcaico, mas no entanto funcional, contribuem e muito para o conforto da viagem e são opcionais existentes em praticamente toda a gama de modelos. Um verdadeiro carro novo no que toca aos extras, mas que no entanto já tem 20 anos, no mínimo.

Em suma, é um excelente cruiser que ainda nos dias de hoje é capaz de arrasar muito carro novo, quer no que toca ao preço\qualidade, potencia, e na quantidade de prazer que transmite aos felizardos que tem o prazer de os conduzir.

Um verdadeiro carro built to resist, e ele resiste e bem, é na minha opinião um dos carros da sua geração que melhor envelheceu. E agora um momento de reflexão; por uma décima parte de um citadino usado recente ja se conseguem encontrar brilhantes exemplares deste modelo em questão, o eterno Bmw E34. Como diria o também eterno Fernando Pessa, e esta hein!...

Ate há próxima, por cá no Vicio dos carros.

Hélder Teixeira


 
 
 

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