Monstros de torque
- Helder Teixeira
- 25 de abr. de 2016
- 3 min de leitura
Esta semana decidi escrever no vicio dos carros não sobre um carro especifico mas sim sobre uma matéria que me e muito querida as partes mecânicas que impelem os nossos carros, os motores. Irei falar-vos hoje sobre uma das “espécies” mecanicas que mais me fascina, dentro das mais usuais, os brutamontes de cinco cilindros em linha.

Seria demasiado maçador estar aqui a explicar-vos tintin por tintin os princípios de funcionamento de um 5 em linha, mas pensem assim e mais compacto que um 6 em linha e e capaz de produzir mais potencia bruta, isto num motor bastante mais compacto. Como considero que diesel e para comboios e tratores, não irei aqui falar dos 5 em linha diesel produzidos pela Mercedes e Audi e Fiat, irei apenas falar sobre os canhões movimentados por mecanicas a gasolina, e não foram assim tão poucos.
Uma das primeiras marcas a usar o 5 em linha foi a Audi em 1976 no Audi 100.

A Audi usou o 2.2 L de 5 cilindros em muitos dos seus carros entre 1976 e início de 1990, incluindo o Audi Quattro de 305 cv e a Audi RS2 Avant com 315 cv. Na competiçao a Audi usou e abusou deste motor particularmente no famoso Grupo B com o seu Quattro com 650 cv e na IMSA GT Championship com o 2.1 20V a produzir 720 cv no Audi 90 quattro IMSA GTO.


Outra das marcas que popularizou o 5 em linha e certamente aquela que mais o usou foi a Volvo.

Praticamente todos os modelos lançados desde 92, data de introdução do 850, tiveram no seu line up os 5 em linha com turbo, o que lhes confere um carisma muito especial de sleeper.

Todos nos sabemos das capacidades deste motor no que toca a andar para a frente, e são poucos aqueles que se atrevem a fazer-lhes frente, mesmo com carros bastante mais leves e ágeis, o que diz muito da sua capacidade de resposta.
O ultimo menino da Volvo a trazer um 5 em linha em beast mode foi o C30 T5 polestar um brinquedo com o 2.5 turbo da volvo la dentro enfiado, um canhao e é tudo que tenho a dizer.


Um que poucos conhecem é o 5 em linha da serie G da Honda usado particularmente nos sedam mais avantajados. Este é um desconhecido para mim mas pelos pergaminhos que a Honda tem deve ser um brinquedo jeitoso....

Voltando aos europeus existe mais um grupo onde os 5 cilindros deixaram a sua marca, a Fiat. Sim a Fiat também tem motores de 5 cilindros quer diesel, quer gasolina.

Foram usados nos Marea, Coupe e no Bravo e em outros modelos do grupo como no Lancia kappa. Aquele que melhor conheço é a variante turbo usada nos coupe, um portento de 2.0 de cilindrada e 182 meninos. Só quem já teve o prazer de conduzir um animal destes e que pode atestar do seu poder de fogo, mas posso-vos dizer que é algo de surreal o que o ronco daqueles motores nos faz sentir...



Já em tempos mais modernos a Audi recuperou o seu 5 em linha para o usar no TT RS e em outras versões mais focadas no mercado dos states, uma estratégia que deveria também ter sido implementada na Europa onde os jetta e companhia de 5 cilindros são praticamente inexistentes.


Last but not list o Focus ST\ RS onde é usada uma versão desenvolvida pela Ford do motor 5 cilindros da volvo, mais um modelo onde a potencia é brutal e onde o trabalhar do 5 em linha associado ao seu poder de fogo fizeram com que um Focus fosse elevado ao estatuto de supercarro.



Resumindo estes motores eram aquilo que deveriam impelir todos os “muscle car“ europeus, esta mais que comprovado que seriam os V8 da Europa se nos não fossemos liderados por “xoninhas” que só vêem eficiência energética. Era de esperar que num continente onde abundam as mecânicas FWD o uso destes monstros de torque fosse mais extensivo, mas não foi, para mal dos nossos pecados....

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