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Um japonês desconhecido

  • Foto do escritor: Helder Teixeira
    Helder Teixeira
  • 27 de mar. de 2016
  • 3 min de leitura

Nesta cronica escolhi falar-vos de uma marca sobre a qual acho que nunca escrevi um artigo. Por si só é um facto notavel, de um modelo ou outro, dentro do espectro de marcas mais conhecidas, ainda vá que não vá. Mas UMA MARCA completamente virgem, e mesmo muito difícil... E então vamos dissecar o que?????? Hoje vamos falar de uma marca japonesa, da Isuzu e de um coupe muito bem conseguido criado pela caneta dos italianos da Ghia, e não foi por um qualquer, foi pelo senhor Giorgetto Giugiaro, um criador de lendas....

Este de que vos falo hoje foi um modelito nascido em 68, e que pelas nossas terras penso que nunca vi nenhum, é tipo ovni ” um gajo não os vê, mas eles andem ai”.

Nesta altura a Isuzu para alem dos jipes e outros modelos que chegaram ate nos, nomeadamente pick ups e camiões, produzia também automóveis, e alguns deles eram baste bons, um dos quais o Bellett GT-R que chegou a dar algumas cartas nas pistas, teve foi azar porque entretanto chegou uma coisa chamada Skyline GT-R e ate o nome lhe roubou. Depois do Bellett chegou o Florian um novo modelo em versões sedan, e outras variantes como pick ups, talvez as mais fáceis de encontrar por cá. Mas faltava um coupe, e é aqui que entra em campo a Ghia e cria o 117 Coupe, um coupe de clara inspiração europeia, cheio de testosterona italiana.

Basta olhar para ele para perceber que tem carisma, as linhas tipo fastback e a frente bastante agressiva com os 4 faróis fazem lembrar uma outra pérola criada por Giugiaro, o Fiat Dino. No entanto este na minha opinião é ate mais sleek, tem mais carisma, digamos que o mestre não poupou esforços e nas versões que se seguiram a Isuzu também não.


Mas vamos pelo principio, o primeiro 117, era uma base do Florian que recebia um motor 4 cilindros em linha, DOHC, de oito válvulas, capaz de 120meninos as 6400 Rpm meninos aproximadamente, e um torque de 143@5000 Rpm, herdado do Bellett de competição, o que diz alguma coisa sobre as capacidades deste modelo. Isto associadoa a uma fantástica carroçaria Ghia com um peso de 1100kg aproximadamente.

Portanto, light wieght, motor com poder de fogo, linhas italianas, e segundo a critica da altura um verdadeiro carro pratico de conduzir de reconhecido conforto e uma top speed invejável para a altura cerca de 190 km\h, um verdadeiro canhão exótico dos 70’s.

Nos primeiros modelos este era verdadeiramente o japonês mais italiano que existia, ate na forma de construir sendo construido maioritariamente há mão, com interior luxuoso com bastante luz e onde abundam os materiais nobres e detalhes de excelência como o tablier em madeira e volante tipo Nardi, tal como manda a lei no que toca aos exóticos italianos da altura. No entanto isto era uma facto que jogava contra a Isuzu e elevava muito o preço da construção, chegando mesmo a ser mais caro que o monumental Toyota GT, e muito mais caro que o GT-R da altura.

Para a segunda versão saída em 70, o 117 chega há produção em massa e com isto foram alterados alguns dos pequenos luxos que a versão do mestre tinha. Caiu o motor de competição em prol de um 1.8 SOHC, que de mau tinha pouco, e trocaram-se alguns detalhes interiores, para o modelo ser mais cost efective. O que parece que resultou em termos de mercado e este modelo vendou consideravelmente bem por terras japonesas, podendo-se orgulhar de durante toda a sua produção ter sempre lista de espera em todas as versões ate 81, quando foi substituído pelo Piazza também desenhado por Giugiaro.

Para os afortunados que tem o prazer de poder ponderar ter um destes modelos, estes são verdadeiramente os 117 a ter, estas primeiras versões são as mais apetecíveis, não e que os seguintes tenham deixado os créditos por mãos alheias, eu pessoalmente não me importava nada de ter um dos últimos com faróis quadrados, e motor 2.0 Dohc de 135 meninos, no entanto pelo caminho o 117 perdeu grande parte do seu apelo exótico.

Foram os pequenos pormenores que o tornaram um carro exótico e foi a falta deles na ultima e derradeira versão, que fizeram que se torna-se menos interessante, mas mantendo mesmo assim muito do apelo de um coupe exótico, com toques europeus.

Espero que tenham gostado deste modelo que escolhi para hoje, e ate há próxima, por cá no Vicio dos Carros.

Boa pascoa para todos

Hélder Teixeira, no Vicio dos Carros


 
 
 

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