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Porsche Overload - Genebra 2016

  • Rúben Teixeira
  • 7 de mar. de 2016
  • 7 min de leitura

Já à uns bons anos que não me lembrava de um salão de Genebra tão rico em boas novidades, em especial em termos de carros desportivos, com muita boa gente, dos mais famosos aos menos conhecidos a lançarem carros a torto e a direito.

Parecia que a estrela iria ser o novo Chiron, mas a impressão que ficamos foi que a imprensa e a internet deram mais destaque o novo 911 R, o novo modelo Porsche com mecanica do GT3, mas na carroçaria standard e caixa manual e meia-dúzia de detalhes revivalistas.

Mas por mais entusiasmante que este novo modelo purista seja, só à custa disso seria uma overdose Porsche em Genebra? Não, não seria só por ele, e nem seria só pela mão da Porsche. Junto com o novo 911 R a Porsche lançou o actualizado Gaym... perdão Cayman, agora denominado 718, em honra do vitorioso modelo de gt/endurance da decada de 60.

Para mim quem deu um "show de bola" foi a Ruf, o já notório fabricante (sim, fabricante. Legalmente são Ruf, as carroçarias são compradas á Porsche directamente como peças, sendo assim a Porsche um fornecedor e não o fabricante em si) de Pfaffenhausen não só lançou o seu modelo de 2016 baseado no actual chassis 991, mas decidiu entrar na onda revivalista iniciada pela Singer (boa) e por Magnus Walker (mau) e fez com o nível de alguém que já está no negócio desde a decada de 60, e com o pedigree que a acompanha. Sim, por este texto já devem de ter percebido que apesar de fã da BMW e da Alfa Romeo, também sou grande fã da Ruf, tanto ou até talvez mais que a própria Porsche, visto que a Ruf nem morta toca no Gayenne, nem no Panamierda, nem em nenhum outro modelo que não tenha o motor atrás do condutor, não importa o quão bom tenham sido os 944, 968 ou 928. E então de dieseis e hibridos nem se fala esse idioma perto de Alois Ruf Jr...

Ruf RTR

A nova variante Ruf do 911 Turbo é tipica receita Ruf: seguir a sua própria visão de todos os aspectos do carro para obter um resultado devastador.

Como já tinha feito anteriormente desde o tempo do primeiro CTR, usam um chassis mais estreito que o Turbo convencional, mas neste novo 991, é mais largo que o 911 "normal", ficando pelo meio dos dois. Os apendices aerodinamicos são também um meio termo entre o 911 Turbo e o 911 GT3, mas tudo com chaparia nova à medida e feita á mão. A Ruf não usa fibras rebitadas à chapa original. Eles cortam a chapa original e soldam e batem o aço até obter a forma desejada, reservando as fibras de carbono para portas e parachoques.

Agora a melhor parte: têm tracção às quatro e um bloco 3.8litros biturbo a debitar 802cv e uns ainda mais escandalosos 990nm de binário, com e somente equipado com CAIXA MANUAL. Oh yeah!...

Peso é uns aceitáveis 1490kg considerado que tem um interior completo, roll-bar incorporado e com pele a toda a volta e é um 4x4.

Ruf Turbo R Limited

Este não é bem um novo modelo, mas sim uma reedição do anterior Ruf 993 Turbo R, o irmão menos conhecido do RUF CTR2 (aquele com aquele aileron enorme em arco) e talvez lembrem-se de ambos do Gran Turismo 2. Esta reedição vê o seu chassis reforçado como é habito com um roll-cage, enormes jantes de 5 braços, O seu flat 6 biturbo de 3.6litros debita 620cv às rodas traseiras por uma caixa manual, mas em opção à também com tracção às 4. Velocidade máxima é a mesma, 339km/h que fazia o anterior Turbo R. Os seus 1440kg são impulsionados por 620cv às 6800rpms, mas mais importante é uns brutais 750nm que aparecem a uns muito razoáveis 4500rpm, mostrando que deverá ser um carro fácil de utilizar a baixas velocidades.

O anterior 933 Turbo R da RUF

RUF Turbo Ultimate

Aqui começamos mesmo a falar no Resto-Mod que está a tomar de assalto o universo Porsche e não só. A frente parece um 930 (inicio decada de 80) mas o chassis e traseira mostram que de facto a base é a 964 (finais anos 80, inicio dos anos 90).

Podemos chamar a este carro uma reedição do lendário CTR de 1987, que dizimou a Ferrari, Porsche e Lamborghini no já famoso super test da revista americana Road & Track, alcançando uns ainda hoje fantásticos 339km/h genuinos, usando para isso um 930 narrowbody com 469cv.

Este novo modelo completamente reconstruido, e usando uma carroçaria em carbono, pesa 1215kg, e têm 590cv. O CTR original tinha menos 45kg de peso, mas até o puto mais lento da uma turma qualquer da primeira classe consegue fazer a conta, e ver que este novo Unlimited tem uma relação peso/potência ainda mais agressiva que o seu antecessor. Mas a Ruf diz que a velocidade máxima é os mesmo 339km/h (será que é superstição da marca andarem sempre á volta deste número?)

O que é que isto quer dizer? Que toda esta potencia extra deve de ter ido para a aceleração. Já dissemos que não possui qualquer ajuda electrónica e é tracção traseira e com caixa manual?

Acho que voltamos a ter um Porsche que merece novamente a alcunha de Widow Maker... Daddy likes.

Carbono... Doce, doce carbono... *introduzir barulho do Homer Simpson a babar-se*

RUF SCR 4.2

Ok, já sabemos que anda por ai o Magnus Walker a fazer de modista em alguns Porsches clássicos onde devia de estar quieto, e a Singer anda a fazer um resto-mod espectacular com base no 964. Alois Ruf em vez de pegar em Porsches 930 ou 964 para criar o SCR 4.2, decidiu fazer o seu próprio chassis, igual aos do 964, mas alongado em 7 milimetros para maior estabilidade, ficando com uma distancia entre-eixos quase que identica que a de um 911 da geração 996. Esta práctica de aumentar a distancia entre-eixos nas sucessivas gerações têm vindo a ser a maneira da Porsche de tornar o 911 mais dócil e menos traiçoeiro, e acho que a ideia da Ruf aqui é fazer deste novo SCR 4.2 uma espécie de 911 GT3 clássico e dai quererem o melhor comportamento possível.

O motor como indica o nome é um bloco 4.2litros de cilindrada, atmosférico e debita 525cv a uns altos 8370rpms. Eu quero ouvir esta m***a!!! Deve de ser uma sinfonia brutal!

Pesa uns anoréticos 1190kg, por isso os 500nm de binário máximo a uns mais baixos 5820rpms deve de fazer este carro um foguete. E claro, caixa manual, tracção traseira.

Agora falar do novo 911R vai saber a pouco...

Porsche 911 R

Na nossa página de Facebook já tinha mencionado que achava este carro um "rebuçado" para aqueles que estavam desiludidos que a actual geração do GT3 fosse menos pura, cheia de electrónica e principalmente sem caixa manual. Mas entretanto parece que este carro deve de ter sido um teste para ver a receptividade do retorno de uma caixa manual, pois visto este carro ter eclipsado nas noticias dos sites que interessam tudo o resto que foi lá apresentado (notem que eu disse "sites que interessam" porque os sites que não percebem nada de carros, tipo MSN.COM, e outras páginas vulgares noticiaram os ainda mais vulgares e pirosos Bugatti Chiron e Koenigsegg Regera) e ter sido um sucesso na demografia comercial que lhes interessa, já anunciaram que o proximo update ao GT3 vai ter a caixa manual como opção. Yay.

Ok, dito isto, o que se trata? Trata-se da Porsche também capitalizar no subito interesse nos seus modelos históricos, e visto já ter esgotado todas as outras numenculaturas (Carrera, GTS, GTx, RS, Spider, etc, etc...) lembraram-se dos primeiros 911 de competição que por fora pareciam comuns, por dentro eram animais de guerra.

Aqui é o mesmo. A carroçaria é meia normal, meia a do GT3 o motor é o mesmo do GT3 com os mesmo 500cv, mas acopulado a uma caixa assistida a braço e 3 pedais, como a gente quer e gosta. Onde se nota a diferença? Não vai ter o mesmo downforce em pista, pois acima de tudo não tem a enorme asa traseira, spoiler dianteiro diferente e carenagem debaixo do carro também difere. Leva sim é a asa automática nos 911 de série. Mas talvez não seja necessáriamente mais lento pois é 50kg mais leve, através de paineis em carbono, tejadilho em magnésio e acima de tudo, a caixa manual é muito mais leve que a PDK...

Mas isso não chega. O 911 GT3 RS faz 0-100km/h em 3.1segundos, e o R faz em 3.7segundos. Mas o R35 GTR também faz 2.6segundos no sprint aos 100, mas em pista o GT3RS chega a dar-lhe mais de 1 segundo em certas pistas, por isso usando a mesma matemática o 911 R ainda têm possibilidade de acompanhar o seu "irmão mais velho"...

Na travagem, mete medo ao medo: discos à frente de 410mm, atrás 390mm, em ceramica, para ver se vos saltam os olhos para fora ao travar a fundo. Velocidade máxima: +320km/h.

Os Outros

Sim, a Bugatti lançou o Chiron, mas isso é um carro para pindéricos que só querem dar nas vistas na Riviera Francesa ou no Dubai. O mesmo para o Koenigsegg Regera e o Lamborghini Centenario e (tenho tristeza em dizer isto) o Huarya BC.

JA Spyker relançou o mesmo carro que já tinha apresentado no Salão de Detroit à uns anos atrás, mais para mostrar que já saiu da falêncai, e na verdade este modelo mais acessivel parece uma bolacha de água e sal comparado com os antigos e fantásticos C8 e C12.

A Apollo é a antiga Gumpert com mais updates técnicos (não fosse ela uma firma de engenharia acima de tudo) mas desta vez lembraram-se que os carros de estrada têm de ser bonitos. Iremos falar deles em breve, num artigo sobre supercarros menos famosos.

A Abarth (leia-se Fiat) lançou o 124 Spider de rallies e está fantástico! Uma verdadeira pedrada no charco comparado com o que os grandes fabricantes europeus têm andado a fazer no que toca a verdadeiros desportivos (RWD) Mais também noutro artigo.

E agora quem mais uma vez partiu a loiça toda, e que na minha humilde opinião faz o melhor desportivo/super desportivo pelo preço, o Chevrolet Corvette.

Outra marca que ressucitou outro nome do seu passado, o Gran Sport, desta vez um chassis Z06, mas com o motor LT1 atmosférico. Isto pode ser visto como o CSL ou GT3RS do Corvette, e o próximo artigo que irei publicar irá ser uma tentativa de organizar a tabela de versões do actual Corvette, pois já lançaram tantas versões e tantos packs, que até estamos com a cabeça a andar à roda. Para já ficam as fotos desta besta sexy!


 
 
 

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