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Caminhos

  • Hélder Teixiera
  • 15 de fev. de 2016
  • 4 min de leitura

Este fim de semana decidi ir ate ao douro, mais precisamente ate Torre de Moncorvo, bem no coração do Alto Douro. Não conhecia a vila e em conjunto com a minha cara metade e o meu rapazola la fomos nos de fim de semana ate Torre de Moncorvo, o que como é óbvio teve que ter roadtrip, pelas nossas fantásticas nacionais, ainda por cima no douro, um local perfeito para uma boa dose de condução em estradas de serra no meu NX.

Na ida nada de especial apenas auto estrada pelo motivo do costume, a pressa, já na vinda par o Porto e depois de consultar o fiel amigo, o google maps, decidi fazer uma perninha, naquela que foi no ano passado considerada a melhor estrada do mundo, a nacional 222, No entanto eu pessoalmente já passei pelo troço Régua\Pinhão imensas vezes, pelo que já não era nada de novo, a parte que eu desconhecia era a restante estrada nacional 222 que continua serra acima em direção ao coração do douro, e que me levaria diretamente ate ao porto via serranias do douro, pelo que não havia outra escolha possível 222, it is.

Mas vamos pelo principio, o inicio desta jornada, Torre de Moncorvo, uma vila interessante implantada na encosta das serranias.

E uma vila que existe desde a idade medieval pelo que passear pelas ruas do centro é quase como olhar numa janela do tempo, tal o cuidado com o centro histórico, confesso que gostei de me perder, num sitio onde a modernidade se mistura com o antigo de forma harmoniosa, um sitio a visitar.

Saindo de Moncorvo devem apanhar a nacional 220, uma via com um traçado fácil mas enganador devido a sua inclinação, por ai fazem a ligação ate ao rio Douro. São 4.5km a descer portanto cuidado com os travões.

Chegando ao final desta nacional encontram o IP2, um IP que corre junto ao douro, onde o convite a andar depressa é grande e a estrada convida, no meu caso pessoal não me faz grande diferença, mas para os mais aguerridos da velocidade este é o sitio para o go for it.

Dar uma gazada com a paisagem do douro por perto é sempre um momento a recordar. São 16 km de perfil de via rapida muito bom ate perto de Foz coa onde começa aquele que e o verdadeiro motivo desta road trip, a N 222.

Aqui sim estou como um peixe na agua, adoro fazer estradas de serra só porque sim, a quantidade de coisas interessantes que vemos, as paisagens,as cores de determinado dia e os locais por onde passamos, são incomparavelmente melhores que todo o tempo que poupamos ao ir numa auto estrada, ou outra coisa do género.

Começamos então a subir rumo a S. Joao da Pesqueira e quando digo subir é mesmo subir, a sensação em algumas das curvas é que a estrada vai acabar e aterramos em cima de uma nuvem, é realmente subir para as nuvens.

Pelo caminho ficam pequenas aldeias onde proliferam os antigos, mas no seu estado normal, sem restauros xpto e sem perderem a autenticidade. A quantidade de R4 e 5 é apenas suplantada pelas não poucas vezes que vemos ao virar de uma esquina ou debaixo de um palhal as míticas Bedford da serie J.

São quilómetros e quilómetros curva atrás de curva de estrada em muito bom estado no topo das típicas serranias do douro. Seguindo sempre por esta estrada vamos atravessar toda a parte de serras entre foz coa e o douro, perto do Pinhão, pelo meio ficam terras como S. Joao da Pesqueira , Freixo de Numao, Trancoso e diversos pontos de interesse, para quem quiser apreciar a viagem calmamente e emaranhar-se nesta estranha melancolia transmitida pelo douro nesta altura do ano.

Por mim foi direto ate ao Pinhão, e parar para lanchar com uma das mais belas paisagens do Douro por perto.

Para rematar o dia em beleza, a tal, a celebre, aquela que foi considerada o melhor troço de estrada do mundo, a ligação Pinhão, Peso da Régua.

Compreendo perfeitamente o porque deste pedaço de paraíso ser considerado o melhor troço de estrada do mundo, todo o envolvimento de conduzir beira Rio Douro, com as quintas do vinho do porto como pano de fundo é por si só uma excelente experiência, aliar a isto uma estrada que nos permite andar para frente a bom ritmo, entre curvas de exigência mediana e retas capazes de fazer elevar o ritmo do andamento, torna estes momentos uma experiência única sempre que por la passamos.

No entanto, não vos aconselho passar por la durante a semana, a probabilidade de encontrar transito é grande, pelo que os fim de semana de outono ou inverno são na minha opinião a melhor altura para fazer este troço O términos desta nossa viagem é a cidade do Peso da Régua, a N222 continua pela margem esquerda do rio ate V.N. Gaia, no entanto desta vez fico por aqui, o resto fica para uma outra ocasião.


Por mim confesso que adorei a serra por dois motivos essenciais, o primeiro não conhecia o que torna a coisa diferente, vamos a descoberta e os nossos sentidos vão mais alerta a absorver a experiência, e segundo pelas vilas que ficaram pelo meio, decididamente irei voltar para uma segunda rodada...

Hélder Teixeira, no Vicio dos Carros


 
 
 

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