Crónicas de um Viciado
- Gonçalo Sampaio
- 19 de nov. de 2015
- 2 min de leitura
Ainda é um pouco estranho para mim pensar no que aconteceu em França na semana passada. Como a vida pode ser retirada de forma tão súbita a tanta gente ao mesmo tempo, aqui tão perto de nós. Naturalmente, em estilo de homenagem, esta crónica será sobre um carro francês.
E terminados os formalismos necessários para abordar tão delicado assunto, passemos para a parte mais animada da coisa, o nosso carro de hoje.
Para quem acabou de acordar, os franceses são dos mais loucos e melhores construtores de carros do mundo, tendo sido os responsáveis por coisas como os Alpine, os Renault 5 Turbo, os Peugeot 205 GTi, os Citroën CX, os Venturi, os Matra, etecetera etecetera. A Fórmula 1 e Le Mans têm vindo a ser conquistados por franceses ou carros com motores franceses, WRC idem, especialmente com um tal Sébastien Loeb ao volante, e já alguém viu o que se passa com o WTCC? Precisamente.
Ainda assim, e mesmo com um historial de veículos "muita louco" que envolve a Espace F1 e o Méhari, os franceses nunca fizeram nada tão excêntrico como o Mega Track.
Para contextualizar quem nunca ouviu falar deste carro ou desta marca, a Mega é uma empresa que quando não está a fazer papa-reformas e pequenos buggies com base no Citroën AX, gosta de fazer superdesportivos com motores V12 Mercedes-Benz de 6 litros montados no meio, com tracção às 4 rodas e suspensão regulável em altura. Com estas características o carro tinha a capacidade de atingir 250 km/h, 100 dos quais chegavam em 6,7 segundos, graças à sua caixa automática de 4 velocidades. Caso tivesse recebido uma manual, não haveria dificuldades em baixar esse valor.
Um outro valor que seria interessante ter reduzido era o do consumo de gasolina, que rondava os 20 litros aos 100 em modo económico e os 50l/100 em modo "sport". Sim, 50 litros de gasolina por cada 100 km percorridos. De certa forma, ainda bem que só fizeram 5. Sacré bleu!

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