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Ícones do nosso tempo - Opel Monza

  • Hélder Teixeira
  • 5 de out. de 2015
  • 4 min de leitura

O que define um carro icónico? Na minha opinião deve ser um modelo que de uma forma ou outra deixa o seu selo na historia, seja ela dentro de uma marca especifica ou num conceito mais amplo da historia automobilística. Assim sendo este modelo que vos falo hoje pode não ser um carro que tenha sido vendido massivamente no entanto já no que a Opel diz respeito foi na minha opinião um dos carros mais bonitos que fizeram ate há data, hoje vamos ate ao fundo do baú da Opel para conhecer o Monza.

Para aqueles que nunca estiveram na presença de um Monza digamos que o carro nao e pequeno, na verdade pouco difere em tamanho de um Opel Rekord da altura, e portanto um carro imponente.

Nascido em 78, o Monza tinha como primordial objetivo refrescar a linha de grand coupes da Opel, que consistia em excelentes coupes baseados em sedans com linhas muito american way, o que não era mau.. Logo a partida tinha um objetivo difícil, mas no que a estética diz respeito um grand coupe com tração traseira, e uma silhueta próxima de um fastback, também não me parece nada má ideia, e na verdade não foi.

O Monza compartilhava o mesmo layout como o Opel Senador A1 o que lhe trouxe muito boas capacidades de condução, graças à suspensão MacPherson, um sistema recentemente para a altura e que foi desenvolvido para a frente do carro, e o novo setup de suspensão traseira independente também concebido para a plataforma que o Monza usava.

Esta nova configuração deu ao carro um setup mas firme e capaz, sem ser demasiado duro. Na altura era um facto de realçar a muito boa capacidade de desempenho deste setup de suspensão, principalmente tendo em conta o tamanho deste bicho. A gama de motores também foi muito boa, com motores muito fiáveis da velha escola Opel. Entre 1978 e 1982 os modelos primos Senador e Monza A1 vinham originalmente com 3 variantes de motores. Um motor a gasolina de 2,8 litros e uma potência de 140 CV, o de 3.0 litros, que gerava 150 cavalos de potência, e o 3.0e de 3 litros também mas com injeção de combustível que gerava uns muito simpáticos 180 meninos. Com o motor 3,0 litros, o Monza era naquele tempo o carro mais rápido que a Opel já tinha construído. Era capaz de atingir velocidades tão elevadas próximas dos 215 km\h, e os 0-100 km\h em apenas 8,5 segundos, isto nos anos 80....

No entanto esta primeira encarnação do Monza não foi um sucesso no mercado em que foi lançado, este carro competia no mercado com os Bmw serie 6 da época e outros tubarões com muito mais notoriedade, e aquando seu lançamento este carro foi encarado como algo desatualizado devido a constante comparação com o sedan de topo da Opel.

La esta, não e que seja mau, mas podia ser melhor, e a Opel tratou de cobrir essa lacuna com a versões c com mais equipamento e interiores diferentes com inserts em madeira e tonalidades exclusivas nos bancos. Nesta primeira encarnação existiu também a versão S que contava com uma suspensão mais firme, jantes de 15” e um diferencial auto-bloqueante a 45%, para alem do mais importante a símbolo S nas laterais....

Em 1982, o Monza e Senator sofrem um face-lift que foi nomeado o A2 . A modelo A2 parecia semelhante à A1 traço geral, no entanto tinha alguma e muito significativas mudanças. Os faróis aumentam de tamanho, e à frente parecia mais simples do que a do A1, e muitíssimo mais desportiva.

As peças cromadas, como para-choques, etc. foram mudadas para um acabamento em preto mate, ou com peças de plástico. Estas mudanças na minha opinião transformaram por completo um carro que tinha um desempenho muito bom e um aspeto de certa forma enfadonho, num carro fantástico. Um verdadeiro fastback dos anos 80 com umas linhas muito fluidas, agora sem as quebras provocadas pelos cromados, era muito mais moderno e mais próximo de um carro desportivo.

Os interiores também sofreram mudanças vinham agora muito mais equipados e luxuosos, da sua lista de mimos contavam os espelhos elétricos, computador de bordo e outras mordomias.Nas mecanicas as mexidas também foram poucas, em equipa que ganha não se mexe, e a mais notória modificação foi a introdução de um motor 2.0 com cerca de 115 cv, que foi um fracasso devido a falta de potencia para este grand coupe de perto de 1500kg.

Em 83 surge o derradeiro Opel Monza, o GSE.

Era na verdade um A2 com mais extras. O motor manteve as prestações apenas acrescentado um diferencial auto-bloqueante, mas no seu interior surgiram uns bancos Recaro e um painel digital, assim de mais interessante.

Na minha opinião este carro só peca por uma coisa, nunca ter sido meu, era um modelo fantástico com tudo para dar certo mas um operário numa terra de snobs normalmente não se da bem, e foi isto que aconteceu ao Monza.

Era um grand coupe da classe trabalhadora, pelo que os seus números não foram excecionais, o mesmo já não se pode dizer do seu legado, foi o ultimo grand coupe da Opel com tração traseira, e fechou este capitulo em grande estilo, principalmente as ultimas versões. Podem argumentar com o lotus omega e afins, mas no entanto depois deste Monza acho que a tradição Opel em grand coupes terminou, e terminou em grande...

Hélder Teixeira, no Vicio dos Carros


 
 
 

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