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Ícones do nosso tempo- Venturi

  • Hélder Teixeira
  • 28 de set. de 2015
  • 4 min de leitura

Quando falamos de carros franceses desportivos por norma lembramos uns quantos Alpine, alguns Renaults e restante companhia, por norma nunca falamos de uma pequena marca nascida na antiga Galia de asterix, que fez carros fabulosos capazes de competir com os melhores puro sangue italianos, os melhores holigans ingleses ou os melhores queimadores de carvão alemães, desculpem mas não resisti, por norma raramente nos lembramos de uma marca lendária chamada Venturi.

Hoje, nos Ícones do nosso tempo, vamos fazer serviço publico e falar deste ícone francês que fez uns brilhantes carros há umas décadas atrás. A Venturi nasceu das mãos dos engenheiros Claude Poiraud e Gérard Godfroy, com o objetivo de construir carros desportivos, mas rapidamente perdeu força e apenas durou cerca de 16 anos, mas nesses 16 anos fizeram uns carros fantásticos que muitos de nos por vezes esquecemos. O primeiro prototipo foi apresentado no salão automóvel de Paris em 84, era uma amalgama de peças de origem franco germânica (motor vw golf gti), e uma fantástica carroçaria alongada em fibra de vidro, faróis escamutiaveis, e doses consideráveis de testosterona.

O publico gostou e começou o desenvolvimento do primeiro modelo da Venturi, logo a partida caiu o motor germânico em favorecimento de um motor francês, tornando assim o Venturi um verdadeiro supercarro puramente francês. Desde a fase de desenvolvimento ate as maquinas entregues em aos compradores foi feito um longo caminho de desenvolvimento quer aprimorando a mecanica quer aprimorando as capacidades dinamicas do Venturi, e quando terminaram o que ficou foi um excelente chassi com mecanicas simples reformuladas e um motor PRV6 do R25 turbo que na sua versão inicial tinha somente 200 CV, e um top speed a rondar os 240 km\h, isto era território dos lotus ,ferraris e companhia...

Para um primeiro esforço não ta mal mas eram tudo menos perfeitos, eram a primeira fornada. No entanto, tal como acontecera quando apresentado em 84, o publico recebeu-o muito bem e quando começaram a ser entregues em 86 foram uma pedrada no charco um verdadeiro super desportivo francês capaz de correr nos circuitos, ou não fosse a sede da Venturi próxima de Le mans. Durante o tempo em que foi construido pouco mais foi feito a não ser evoluir o que era bom e essa evolução foi feita essencialmente no pulmão.

Há excepçao do fantástico Transcup, um venturi cabrio com um hardtop rectratil, poucos modelos novos do Venturi surgiram.

Uma caracteristica interessante neste modelo foi o hardtop rectratil em fibra, coisa que só surgiu nos mais convencionais cabrios já quase na modernidade, já era usada pela Venturi em 88. Este tecto do transcup era feito de três peças que permitiam ser um targa um cabrio ou um coupe diferente.

O inicio dos anos 90 para a Venturi significaram corridas, o que levou a que a evolução do carro fosse feita no departamento mecanico, há excepçao de cores e pequenos toques o Venturi não teve grandes alterações de embalagem, já no que toca a alma a historia é outra.

Muito mais graças aos Venturi que competiram nos gts, do que a participação na F1 com o team larousse, a venturi fez evoluir os seus carros a partir dos fantásticos gts que corriam na altura e que fizeram os entusiastas salivar. Dessa experiência nasceu o 260 lm,

um 260 spc com um peso de 1100 kg o que era consideravelmente menos que o seu antecessor, e o musculado 400GT, e neste caso falamos de uma loiça diferente.

O 400 gt elevou a Venturi ao patamar dos melhores supercarros da altura, era um modelo puramente inspirado nos Venturi trophy de competição eram mais largos e ostentavam um enorme ailerom traseiro, a meu ver perfeitamente dispensável.

Ja na mecanica eram um motor do melhor, para este modelo a Venturi foi novamente buscar ás prateleiras francesas o motor para este demónio, a arma escolhida era o 3.0 v6 de 24 válvulas que equipava os 605 e os XM, mas com dois caracóis de fazer andar depressa.

Digamos que os pulmões do Venturi simplesmente dobraram a capacidade e através deste novo coração corriam tão somente 408 CV @ 6000 Rpm e muito mais torqe que o antigo prv.

E assim nasceu o supercarro de estrada francês mais rápido de sempre o Venturi 400 GT, o V6 twin turbo trazia consigo também um diferencial autoblocante, e foi também o primeiro carro de produção a sair com discos em carbo-ceramica, aposto que não sabiam...As prestações como e óbvio foram altas, muito altas, 0 aos 100 em 4.6 segundos e velocidade máxima de 290 km\h, números que o punham no quadro dos melhores junto de Ferraris, Lamborghinis e afins.

Embora super rápido o venturi por esta altura estava a necessitar de um bom facelift e em 94 nasce o Venturi Atlantique, uma versão mais refinada do estilo da Venturi , mais actual e com linhas mais arredondadas, mas mantendo as características do carro anterior, como a pequena grelha preta frontal e os faróis escamutiaveis, mecanicamente era uma evolução do 3.0 v6 usado no 400 GT mas agora com potencias a variar numa primeira fase entre os 210 cv dos N.A e os 281 da versão com 1 turbo.

Na minha opinião este carro foi uma brilhante maneira de evoluir o produto que a Venturi

tinha um supercarro feito em números pequenos com performances ao nível dos melhores. Por esta altura nem tudo ia bem com a venturi, o seu forte investimento na competição fez um rombo enorme nos cofres, e a venturi foi vendida.

Num ultimo apelo aos consumidores foi lançado o Atlantique 300 a versão mais potente do Atlantique com 2 turbos e 310 cv, mas mesmo assim eram pouco para a sua concorrência mais próxima na altura, a Lotus, que por esta altura tinha uma coisa chamada Espirit turbo que consistia num V8 com 2 turbos. No entanto a sua reconhecida exclusividade faz destes carros uma raridade que eu aprecio há distancia de muitos anos, é um verdadeiro exemplo de evolução no que aos automóveis diz respeito.

Hélder Teixeira, no Vicio dos Carros


 
 
 

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