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Lendas do Paddock: Bellof e o Nordschleife

  • Rúben Teixeira
  • 3 de set. de 2015
  • 2 min de leitura

6 minutos, onze segundos e 130 centavos... Este é o tempo despendido pelo alemão Stefan Bellof fez dia 1 de Setembro 30 anos a ir da partida à meta nos 20,8 Km do Nordschleife Nurburgring.

A ferramenta para este feito espantoso, foi o não menos espantoso Porsche 956 C adornado com as cores da Rothmans.

30 anos depois, outros pilotos com mais relevo já se empenharam em fazer o melhor possível, carros mais sofisticados vieram e foram, e este record mantém-se. E claro que o 956 têm impacto no tempo, mas a magia veio das mãos de Bellof, que já possuía na altura a volta mais rápido do traçado germânico com um Formula 3.

Stefan Bellof é um dos maiores talentos que alguma vez houve no desporto motorizado do qual nunca terá alcançado o sucesso que merecia, e que parecia estar ao seu alcance.

Já na prova anterior, o seu melhor tempo ao volante do Porsche seria o suficiente para alcançar o 12º posto no GP Britânico de Formula 1 desse ano, em Silverstone.

O seu talento foi reconhecido também pela mítica corrida do GP Mónaco de 1983, onde Senna dá nas vistas atrás de Prost, mas que muita gente esquece que Bellof vinha mais rápido que Prost e Senna, e se a corrida continuasse, ele ia ultrapassar esses dois e tomar a vitória que muitos afirmam que seria do brasileiro...

De volta ao Nurburgring, diz quem viu, que Bellof estava a atirar o carro de curva em curva como se de um pequeno GTi fosse. Se isto não for prova da bravura deste alemão então sei o que dizer.

O tempo é tão ridiculamente baixo que custa acreditar. Em corrida Bellof fez também a segunda volta mais rápida de sempre, com 6:25min. A volta mais rápida absoluta de um Formula 1 é de 6:28minutos...

O carros de competição modernos ficam a quase um minuto do recorde...

Parece mito, mas é verdade.

E por fim, foi estes excessos que lhe custou a vida, ao tentar ultrapassar Derek Bell em Spa, precisamente em Eau Rouge, o sitio mais perigoso onde ninguém faz ultrapassagens nunca, jamais..

..e Bellof não foi excepção...

Assim se perdeu um dos maiores talentos puros da época moderna do automobilismo, reconhecido pela sua simpatia e bom humor, e que deixou páginas por escrever no desporto automóvel.

 
 
 

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