Icones do nosso tempo- Ford Transit
- Helder Teixeira
- 23 de ago. de 2015
- 4 min de leitura
Quem acompanha aquilo que eu escrevo no vicio dos carros, já deve ter reparado que tenho um fraquinho por carrinhas, sim eu gosto imenso da ideia de ter uma van toda pimp muito ao estilo dos anos 70\80, pelo que este modelo de que vos falo hoje esta como e óbvio na minha lista de preferências. Hoje nos ícones do nosso tempo vamos falar da carrinha que construiu e constrói o mundo a Ford Transit.

Pois é eu gosto de vans, e um dos itens na minha to do list e fazer uma van, e como e óbvio uma das minhas bases preferidas e a Ford transit, no meu caso a mk2 ou 3.
Estas carrinhas para alem de serem excelentes mulas de carga, extremamente versáteis em qualquer uma das suas configurações, tiveram também a particularidade de serem severamente modificadas pelos que como eu gostam de uma boa van. Não vos vou estar aqui a falar de números e coisas que todos vocês já sabem, vamos sim falar dos modelos especiais e diversas modificações a que foi sujeita por nos entusiastas.

Portanto vamos começar pelo principio, a génese, a semente do mal que criou um dos modelos mais facilmente reconhecidos dos últimos 50 anos.
Foi em 65 que foi dado a conhecer ao mundo a transit mk1, uma carrinha pratica com um desenho eficaz e inspirado, onde sobressaia o seu proeminente nariz frontal bem ao estilo do que se fazia do outro lado do charco, as motorizações mais conhecidas por cá eram diesel, no entanto foram também equipadas com motores a gasolina de onde destaco os 2.0 V4, e as 3.0 V6 construidas inicialmente para a policia e bombeiros britânicos.
Imaginem um essex V6 3.0 de cilindrada com 138 cv, igual ao do capri debaixo do capot de um veiculo que era suposto só transportar coisas de um lado para o outro.

O resultado esta a vista de todos foi um sucesso e rapidamente foi adotada pela comunidade de entusiastas que as apreciava como camper van, para gozar o fim de semana e não só...
Outro mito resultante de serem bastante rapidas era o facto de serem usdas em cerca de 50 % dos assaltos realizados por terras de sua majestade, podera um motor V6 e tração traseira, e muito espaço para meter as coisas, era por definição o veiculo perfeito.

Deste modelo surge também um docinho feito pela ford como show car, um espicaçar de ideias para os entusiastas, que se revelou num veiculo icónico em que todos gostaríamos de dar umas voltas a ford transit supervan, nesta sua primeira versão com uma mecânica proveniente do ford GT40 da altura, um capricho made by ford que ainda hoje impressiona pelo andamento da coisa.



Em 78, passados mais de 10 anos do lançamento da primeira transit chega a segunda geração, o estilo mantem-se a tração também, pelo que tem tudo para continuar a ser um sucesso. Ao nível de motorizações mantem-se a ordem, no diesel o 2.5 nas ofertas a gasolina, substituindo os V4 por motores pinto, e mantendo o bruto o V6 3.0,para a Europa, nos nossos camaradas que andam com a cabeça para baixo, na Austrália existia uma versão 4.1 de 6 cilindros em linha, o máximo em potencia no que a transit dizia respeito.

Para quem gosta destas coisas o apelo manteve-se, e ter mais de muitas variantes fez dela um sucesso em todas as frentes onde era necessário uma carrinha, pelo que todos nos em algum momento já tivemos uma destas meninas encostada a nossa traseira com o pisca ligado...


No que toca a versoes especiais este modelo também teve direito há sua transit supervan, desta feita alimentada por um motor Cosworth DFL em posição central, todo isto montado num chassis inspirado nos groupo c da altura, mais um doce pecado, quase masoquismo, mas no entanto um deleite para os olhos e ouvidos.



Em 86 surge a primeira grande mudança no que toca as transits, o seu body style era agora mais aerodinâmico e com uma frente mais próxima dos Ford da época, ou seja os sierra e outras coisas de bom gosto, pelo que o seu apelo ate que nem foi muito tocado.

Com umas ligeiras modificações a coisa ficava bem mais agressiva, pelo que os entusiastas trataram disso e com esta base onde se mantinha a tracçao traseira, foram conhecidas as propostas mais agressivas bem ao estilo muscle, onde grandes burnouts, e grandes doses potencia eram o prato forte.

Originalmente eram equipadas por motores diesel e turbo diesel, e foram também, na gasolina o essex v6 mantém-se com todas as actualizaçoes que sofreu ao longo dos anos.


Como nos modelos anteriores esta transit teve tambem direito a sua supervan, desta vez com um potente motor cosworth HB,um v8 de quase 700 meninos e a fazer 13.000 Rpm, um monstro montado num chassi a condizer com a roupagem de uma transit. De salientar também que este e um dos carros promocionais mais fotografados e reconhecidos de sempre.


Nesta geração encerra-se na minha opinião as transits com pinta, com o seu fim de produção terminaram as transits vans de tração traseira, o pecado mortal na evolução das transits, mas na verdade elas nunca foram pensadas para nos entusiastas que gostávamos de sair de traseira, e outras coisas engraçadas, foram feitas para o trabalho e nesse fator a transit continua em altas, mas por cá isso não é motivo de conversa.....

Hélder Teixeira, no Vicio dos Carros
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