Crónicas de um Viciado
- Gonçalo Sampaio
- 5 de ago. de 2015
- 2 min de leitura
Às vezes estas crónicas têm muito pouco de crónica e mais de conjunto de imagens de um carro incrivel. Pois, meus caros amigos, este poderá muito bem ser um desses casos.
Enquanto alguns dos carros aqui discutidos me são familiares e conheço todas as suas manhas, este faz parte do meu imaginário, das minhas fantasias motorizadas, é o tipo de carro que nunca conduzi, em que nunca andei, nunca toquei, nunca vi sequer ao vivo. Tanto quanto sei, este carro pode ser uma mera obra de ficção, parte de um complô para me fazer sonhar acordado.
Mas prefiro acreditar que não, prefiro acreditar que com muito suor e esforço um dia poderei ter um na minha garagem. E se tiver, preparem-se para um céu enublado durante alguns tempos, porque o resultado será bastante fumo vindo dos pneus traseiros, resultante de drifts e burnouts completamente absurdos.
Este é o tipo de carro que só era vendido com motores V8, é o Plymouth Road Runner/GTX de 1971.

Como todos os muscle cars dos anos 70, o Road Runner sofreu com as políticas de emissões dos Estados Unidos da América, o que à partida parece sinónimo de um aborrecimento enorme, mas na realidade significava que os 440 (7.2 litros) tinham 370 cavalos e os 426 Hemi ficaram com 425. Que chatice. A potência chegava às rodas traseiras através de uma caixa manual de 4 velocidades ou automática de 3, e em termos de performance 0 aos 100 eram feitos em 6.5 segundos no 440 e 5 segundos no 426.



Mas o que realmente me mata neste carro é o aspecto dele. Aquele pára-choques incluído no design da carroçaria é das coisas mais divinais que alguém já pôs num carro e as linhas gerais ainda parecem actuais, mais cromado, menos cromado.



Há mesmo pouco que se possa dizer de um carro que se conhece tão mal, mas caramba, como é que poderia resistir a falar de uma coisa destas?










Gonçalo Sampaio, no Vício dos Carros
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