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Ícones do nosso tempo - Toyota MR2

  • Foto do escritor: Helder Teixeira
    Helder Teixeira
  • 2 de ago. de 2015
  • 5 min de leitura

Pelos dias que correm ter um carro bastante arejado e a diferença entre estar numa fila de transito com tudo fechado AC no máximo e mesmo assim a transpirar porque esta uma fila, ou estar a desfrutar do sol e do bom bom tempo. Com isto do arejado refiro-me aos cabrios e afins e portanto pareceu-me bem falar-vos sobre o Toyota MR2.

É um carro perfeito em que as doses de sexyness estão premeditadamente desequilibradas no bom sentido, senão veja-mos, é um desportivo com design de supercarro, só por ai o barómetro já esta pelo menos a meio.

É um targa, que para os que não estão familiarizados com esta palavra cara e um carro sem tecto por cima dos condutores mas com um chassi de um coupe, mais um aumento na dose de sexyness e ainda por cima tem motor central, pronto rebentou a escala....

Este modelo da toyota para mim e sex on wheels, puramente pela pinta que estes carros tem mas na verdade eles são muito mais que um carro giro. Eram uma excelente opção num mercado infestado por MX-5’s e companhia, mas oferecia ao condutor o prazer de conduzir um motor central nada asmático, e que se mexia muito bem nas curvas.

Esta historia começa há mais de 3 décadas com o prototipo SV-3 e termina já nos anos dois mil com a sua ultima reencarnação, e no entanto continuam a ser uma carro de culto que continua aparecer actual, nomeadamente a sua segunda reencarnação, mas first is first, e começamos então por conhecer o primeiro, a génese. A data a fixar e 1983, e onde? Como não podia deixar de ser o TAS, Tokio auto salon, foi la que foi apresentado ao publico o SV-3 que em 84 se revelou ser o MR-2 eram de tal forma próximos da versão final que apenas os parachoques foram redesenhados.Tinha um design anguloso e muito light wieght bem ao estilo dos anos 80, e la esta targa e motor central, uma combinação explosiva que resultou num sucesso imediato e imenso burburinho

O seu Layout de motor central obrigou a uma construção complicada que continha cinco anteparas de alta resistência mas, no entanto, o carro pesava apenas 977 kg dividido na proporção de 44:56 da frente para trás, fantástico e tudo o que tenho a dizer.No mercado doméstico japonês o MR2 foi inicialmente vendido em três variantes e com duas opções de motor, com destaque para os 122 Cv do icónico 1.6 litros DOHC 16v motor 4A-GE utilizada no Corolla AE86. Mais tarde em sua vida, as opções alargaram-se para incluir um T-bar e um novo motor, de nada mais que 145Cv, obtidos através da adopçao de um motor 4A-GZE, um canhão sobrealimentado por supercharger.

Mesmo assim, com a sua velocidade máxima de cerca de 200 km\h e capacidade de sprint a 60mph em apenas 8,2 segundos, o MR2 naturalmente aspirado foi mais rápido do que a maioria dos seus concorrentes, agora imaginem o canhão com supercharger.

A critica da altura foi unânime a confirmar as conclusões dos relatórios de teste de estrada contemporâneas que unanimemente elogiaram a agilidade do MR2 e sentido primordial de diversão, sim porque este modelo e pura diversão.

Nunca passou pela cabeça de ninguém na Toyota, e ainda bem, mudar o layout o MR2 para o próxima geração, mas o nível de exigência tinha mudado noutro sentido, deveria manter o bom da primeira geração e evoluir numa maquina mais refinada para um mercado superior, com melhor ergonomia, e manter a pureza de sensações e emoção constante que era a primeira geração.

O novo MR2 foi colocado à venda no Japão em outubro de 1989, quase cinco anos e meio após o lançamento do carro de primeira geração. O novo modelo tinha crescido em tamanho, sendo 245 milímetros mais longo, 30 milímetros mais largo e com uma distância entre eixos 80 milímetros mais longa, mas manteve um perfil elegante com uma diminuição de 10 mm de altura total, mais uma vez, tanto coupe ou Targa estavam disponíveis.

Desde o lançamento o line-up da segunda geração do MR2 incluiu três motores 16v de 2.0 litros: a unidade 119cv (disponível apenas no Reino Unido), o naturalmente aspirado 3S-GE com 165cv e um turbo 3S-GTE com 225cv também usado no Celica GT-Four.

A melhoria do binário destes motores em comparação com o anterior, compensava mais do que bem o aumento no peso do MR2 entre 1.160 e 1.285 kg (dependendo do modelo). Na verdade, a Autocar & Motor (ital) informou que o novo modelo GT (Reino Unido) não tinha "abandonado intimidade e finesse do original» e que era «um ataque mais ousado completamente sobre os sentidos".

Além disso, o braço de automobilismo da Toyota, Toyota Racing Development, desenvolveu e comercializou duas versões exclusivas do carro para o mercado interno em 1996, o soft-top TRD Technocraft MR Spider, onde rapidamente se juntou o modelo TRD 2000GT wide-bodied em 1997. Esta última edição limitada também incluiu uma afinação da mecanica que permitia um bocadinho mais(245cv) ao motor 3S-GTE, e foi claramente inspirada pela postura de ombros largos dos MR2s a competir com sucesso no Campeonato GT japonês.

Esta geração do MR2 foi na minha opinião em todos os sentidos brilhante e continua a ser, esta perfeitamente atual e em muitos casos e superior aos carros atuais tal foi a forma refinada como foi trabalhado no seu desenvolvimento, simplesmente intemporais.

Depois desta fabulosa geração que contou uma década de produção, era chegada a altura de conhecer a terceira geração do MR2, o conceito seria voltar as raízes com um carro mais leve e design diferente das linhas voluptuosas da segunda geração, ou seja faze-lo emagrecer.

E para tal começaram por matar os targa e fazer um cabrio de 2 lugares, perdendo assim muito do apelo do MR2, e perdeu também os faróis escamutiaveis, outra das suas caracteristicas. No entanto, ganhou um corpo ultra leve que deveria ser fantástico para conduzir, aliado a este corpo de sprinter tinha o seu layout de motor central com um 1.8 vvti a empurar a coisa para a frente.

A ideia era boa mas perdeu-se algo no meio e este MR2 teve o prazer de ser o ultimo da linha. Não me perguntem o que foi mas a Toyota ali no meio da sua sala de diretores perdeu um carro iconico sem sequer mexer nele. A minha pergunta e, para que inventar????

E certo que o MR2 ja tinha mais de dez anos e este novo modelo poderia ser quase que obrigatório, mas não seria melhor ter só trocado uns espelhos e um motor diferente???

Seria bem melhor, porque se não tivessem inventado ainda hoje teríamos os MR2 a dominar o mercado e a fazer muitos aficionados felizes.....

Não e que a terceira geração não tenha o seu apelo mas deixou de ser um MR2 e passou a ser só um sports car e o publico não aceitou este facto muito bem. Associado a este facto houve também a falte de interesse em geral por este tipo de modelos o que levou a que a toyota deixa-se de produzir automóveis fantásticos e divertidos e passa-se a produzir prius e coisas assim, salvo raras excepçoes...

Helder Teixeira, no Vicio dos carros


 
 
 

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