Icones do nosso tempo- Geraçao SSS

Hoje nos ícones vamos falar da Datzao, uma marca de automóveis da terra dos olhos em bico, que a quem gosta de automóveis rápidos também põe os olhos em bico.... Portanto vamos ao que interessa, aquilo que hoje nos traz por cá, os carros, para tal vamos abordar os modelos com 3 S da Datsun, que por coincidência são carros fantásticos para fazer uns SSS.

Comecemos então por aquele foi o principio da vida da sigla SSS na Datsun, o 410 super sport, introduzido em Março de 64, este para mim foi o nascimento da filosofia que levaria ao desenvolvimento de vários animais ferozes, capazes de devorar curvas a uma velocidade generosa.

Esta versão a 410 teve como criador das suas linhas um senhor chamado Pininfarina, portanto os padrões são elevados por natureza. E de facto é um carro muito interessante de se ver, com umas linhas elegantes, e pouco reveladoras das verdadeiras capacidades destes carros. Se não vejamos, nesta carroçaria a Datsun começou por enfiar em 64 um pequeno motor j13 mas com carburadores duplos capaz de produzir cerca de 77 CV, mas não chegava um pequeno 1.2 era pouco.

Portanto em 65 chegam mudanças das boas, chega o super sport sedan, SSS, e desta vez trás consigo um motor da linha R com 1595cc, e dois carburadores duplos, nada asmáticos, em 65 este bad boy já era capaz de velocidades na ordem dos 170km\h

A sucessão na linhagem dos sss veio em 67 com o 510 sss, e em 68 com o sss de 2 portas.

Muitos são os mitos sobre o projeto do 510, incluindo um que Pininfarina desenhou o corpo. O 410/411 foi elaborado por este grande italiano, mas não a 510, embora algumas sugestões do projeto são comuns entre os carros. O corpo do 510 foi realmente concebido em casa por Teruo Uchino, um funcionário da Nissan desde 1963. Uchino desenvolveu suas habilidades sob a tutela de Shiozo Sato, o homem que projetou o belo ainda que tragicamente pouco produzido Toyota S600.

O 510 não tem nada que se destaque, e apesar da sua aparencia de "quadradão",

tem muito poucas linhas retas realmente sobre ele, especialmente quando comparado com os sedans do final dos anos 70 e os anos 80. O resultado final foi um design de corpo que nunca foi concebido para se excitar, mas era agradável e, mais importante, nada ofensivo.

Ao 510 foi dado um motor de 1,6 litros série L, com uma versão de 1,3 litro L13 em alguns mercados. O L16 foi avaliado em 97 cavalos de potência, na versão standard nas versões sss lançadas em 68 trazia cams diferentes e um sistema de carburadores diferentes que fazia subir a potencia em mais 10 a 12 cavalos, mas a maioria concorda que esse número foi, provavelmente, um pouco otimista

Kazumi Yotsumoto, foi o homem responsável por aquilo que fez a 510 um carro verdadeiramente fabuloso para conduzir.

O objetivo era tornar o 510 um carro que era uma extensão da pessoa que estava a conduzir, e este senhor parece que sabia o que estava a fazer, era só o chefe de design da Nissan. Sob a sua direção, a equipa de design criou uma plataforma unibody que apoiou uma suspensão totalmente independente, dom uns amortecedores pouco moles. O resultado final foi um carro muito bem equilibrado com uma condução que o colocava num campeonato muito diferente da concorrência.

Esta combinação foi um sucesso intemporal que todos nos recordamos como um datzao do caraças, daqueles que fazem crescer cabelos no peito, enfim um carro muito diferente do que se produz nos dias de hoje um carro pensado para apelar ao escriturário, com prestaçoes para aceleras.

depois do 510 a evoluçao da especie dos sss teve outros desnvolvimemtos o 610, e um outro modelo ate o final da produçao desta linhagem, mas depois deste modelo jamais as siglas sss foram tao marcantes.

Muito mais haveria para dizer sob os míticos sss, mas para já fico pela sua historia enquanto modelo, das suas inúmeras vitorias por esse mundo fora falaremos noutra altura, por cá, no Vicio dos Carros.

Helder Teixeira, no Vicio dos Carros