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Crónicas de um Viciado

  • Foto do escritor: Helder Teixeira
    Helder Teixeira
  • 14 de mai. de 2015
  • 3 min de leitura

Aqui no Vício dos Carros é frequente lerem textos meus sobre coupés musculados ou bólides de motor central, mas na realidade, o tipo de carro que me enche realmente as medidas é a boa e velha berlina, o sedan, o três volumes de 4 portas. São perfeitos, têm a practicalidade toda do mundo e se os pintarmos de preto, convidarmos três amigos e vestirmos fatos, parece que vamos assaltar um banco.

Também os podemos usar para assassinatos ou actividades maléficas no geral, o que sempre foi e sempre será hiper cool.

Pois há uma marca que não tem medo de se associar à vilania, tendo adoptado mesmo a frase de marca "It's good to be bad" - "É bom ser-se mau", o que foi simplesmente genial, porque alguns dos seus carros parecem realmente desenvolvidos para fugirem à polícia ou combaterem agentes secretos.

Essa marca é aquela que estamos a homenagear esta semana, e este é o seu modelo mais "evil", o Jaguar XJ.

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Mas a história de amor entre a Jaguar e o lado negro da Força começa ainda antes do XJ ser lançado, com o Mark 2, um carro tão usado por criminosos para fugas em Inglaterra, que ganhou essa fama mundialmente numa época em que não havia internet e as redes sociais eram os tipos a quem contávamos as coisas no café, ou neste caso, no pub. Esta associação levou-o mesmo a ser utilizado como carro de vilão no cinema.

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Eis que surge em 1968 o seu sucessor, o XJ Series 1, uma nova interpretação da palavra estilo, com um 6 cilindros ou um V12 à frente. Não há muitos carros mais porreiros do que este, são rápidos, robustos, lindos, confortáveis e as versões de 6 cilindros até tinham caixas manuais. Ou melhor dizendo, as versões de 12 cilindros já traziam caixas automáticas, porque na altura o comum era haver um pedal de embraiagem. Mas nem me importo muito com os XJ automáticos, porque isso significa apenas que ficamos com uma mão livre para disparar contra os nossos inimigos.

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Seguiu-se a série 2 do XJ, que contou com um modelo coupé, o XJC, que por norma associamos à versão de competição da Broadspeed, uma das criações mais imponentes sobre 4 rodas de toda a história.

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Entretanto houve a terceira série, muito parecida com a segunda, que foi substituída finalmente em 1986 pelo fantástico XJ40. Esta geração era construída com base numa plataforma completamente nova e inaugurou um novo motor de 6 cilindros em linha, mas não ofereceu um V12 até 1993.

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O que já foi tarde, porque em 1994 o X300 estava pronto e apresentou algumas melhorias, nomeadamente o primeiro 6 cilindros supercharged da marca, capaz de debitar 330cv, que, nalgumas raras ocasiões, foi vendido com a caixa manual que equipava o carro de série. Este terá sido o cúmulo da performance associado ao prazer de condução num modelo XJ, porque a geração seguinte passou a não oferecer opção manual, de todo. Até hoje.

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E onde é que estamos hoje? Bem, há um novo XJ, bastante diferente dos antigos e tradicionais modelos que revisitamos aqui, mas não menos excitante, talvez apenas um pouquinho menos elegante, que compensa qualquer cepticismo com uma versão XJR de 550 cavalos, o que é impressionante para um felino, e continua a ser o carro ideal para qualquer mestre do crime ou génio do mal...

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...a não ser que haja uma Ford Transit por perto.

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Gonçalo Sampaio, no Vício dos Carros


 
 
 

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