Ícones do nosso tempo- Citroen AX
- Hélder Teixeira
- 4 de mai. de 2015
- 3 min de leitura
Depois de um fim de semana de chuva nada melhor para começar a semana do que falar de um carro que para mim em particular diz alguma coisa. Vamos falar de um citadino produzido em Vigo, e do qual certamente alguns de vocês devem ter historias interessantes. Hoje vamos falar de um irreverente imperador da terra dos queijos esquisitos e dos croissants, hoje é a vez do Citroen AX.

Este citadino da marca do chevron, foi um verdadeiro exito de vendas por toda a Europa, era ágil, e muito rápido nas versões mais poderosas, poder de fogo esse que lhe valeu uma reputação bastante interessante no que toca a competição, quer em troféus mono marca quer nos rallys.

Era na sua essência um carro citadino com um razoável espaço interior, e com motores bastante económicos, em 86 quando foram apresentados em Paris, tinham como objetivo substituir o visa no catalogo da marca.O carro era muito económico , em grande parte por causa da excelente aerodinâmica para a sua classe de carro ( coeficiente de arrasto de 0,31) e um peso muito aproximado com o de um carro feito de papel de embrulho, somente 640 kg para a versão básica.
Este valor foi atingido através do uso extensivo de painéis de plástico e há variação das espessuras de aço na carroçaria para o mínimo necessário para levar cargas, ou seja reduziram o lastro para o mínimo necessário, o que nos leve a parte interessante dos ax as versões mais apimentas.
No decorrer de 86 nasce a primeira bombinha da família AX, virada para um publico mais jovem e com sangue na guelra, o AX Sport.

Este AX endiabrado era e é um mimo para quem procura prazer de condução, trata-se de juntar uma carroçaria ultra leve a poder de fogo muito considerável. Desta fusão surgiu um carro que mesmo tendo em conta os padrões atuais, a quantidade de potencia retirada de um pequeno motor com 1294cc era bastante significativa, 134cv/ton parece muito razoável.
Este pequeno motor era alimentado por nada mais nada menos que dois carburadores duplos, primeiros com os solex de 40 e mais tarde pelos weber, e produzia tão somente 95cv e 112nm@5000rpm, nada mau para 715 kg de peso.

Esta foi para mim a versão mais interessante do AX, são verdadeiros foguetes com rodas, a caixa muito curta, apenas 177km\h de velocidade máxima, contribui imenso para o desempenho e sensação geral de velocidade deste modelo, da muita vontade de andar cravado com o pé no chão quando se conduz por uma estrada secundaria, assim daquelas que não tem transito...
Mais tarde em 87 surge o AX GT, outro carro vocacionado para a condução, eu sei do que estes são capazes porque tenho um.
Estes modelos foram equipados com o motor com1360cc e um carburador duplo. Com 85cv e 116nm@4000 Rpm, estes carros revelam-se também bastantes rápidos e muito capazes no seu desempenho,os 10cv que perdeu para o seu irmão mais musculado são recompensados com maior binário e mais cedo.

Em 91 surge o ultimo dos endiabrados da gama AX o GTI, com os seus 100cv de potencia este modelo foi o AX com maior poder de fogo. Trata-se do motor com 1360cc ao qual foi adicionada uma injeção eletrónica de combustível, em substituição dos tradicionais carburadores, a par de algumas mudanças estéticas no interior.

Com o GTI chegou ao fim a saga dos AX versão foguete, foi substituído pelo saxo cup, no entanto durante toda a sua produção o AX teve outras versões interessantes que o tornaram um sucesso de vendas por toda a Europa, versões como o 4x4, ou o Português BB cabrio, com o motor 1360 de 2 carburadores, ou os diesel que bateram o record do Guinness para carro mais económico, onde o modelo equipado com o diesel naturalmente aspirado atingiu medias de 2.9 litros aos 100 na viagem de Dover até Barcelona. Estes factos aliados a reputaçao de carro fiavel, e ampla gama de motores fizeram com que este carro passa-se largamente os 2 milhões de unidades vendidas, o que é revelador do seu sucesso.


Mas sem duvida que aquelas versões que os entusiastas da minha geração mais desejam são as versões mais picantes, simplesmente por que são um prazer de conduzir.
Helder Teixeira, no Vicio dos Carros.








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