Icones do nosso tempo-Volvo 480
- Helder Teixeira
- 13 de abr. de 2015
- 4 min de leitura
Hoje decidi falar-vos sobre um carro que me fazia ficar fraco ao nível dos joelhos, quando na minha infância os via a passar por mim. Um carro desenhado especificamente para o mercado americano, mas que nunca foi vendido por aquelas bandas.
Na verdade este modelo de que vos falo tem uma serie de estranhas peripécias que não o deixaram ter o seu merecido lugar de destaque, hoje falo-vos de um sueco produzido na Holanda, numa fabrica de associado normalmente a camiões, hoje vamos falar do volvo 480, o primeiro Volvo de tração frontal e porta estandarte da linha Galaxy da volvo.

Em 1980 foi iniciado o trabalho de design do Volvo 480 AKA G13.O G13 deveria ser um carro desportivo que deveria ser muito prático, mas com um baixo consumo de combustível. Bertone e Coggiola também foram contratados para design, mas o concept de Coggiola foi abandonado antes de um modelo de argila ter sido produzido. Dos 80 desenhos 4 projetos foram escolhidos para serem construidos modelos full scale. Dois protótipos foram concebidos pelo Volvo Suécia: uma proposta de Jan Wilsgaard e um dos Rolf Malmgren, um protótipo holandesa de John de Vries e um design de Bertone (Itália).




Em junho de 1981 era hora de tomar uma decisão que projeto deve tornar-se o novo Volvo. Rob Koch (que lidera o projeto na Volvo Cars BV, na Holanda) foi para a Suécia para convencer os membros da direção da Volvo por que é que eles deveriam escolher projeto de De Vries. A gestão da Volvo não vê o projeto como um verdadeiro Volvo, mas eles estavam muito satisfeitos com a aparência e o design prático. Volvo decidiu escolher projeto de De Vries 'para se tornar o novo Volvo, mas haveria algum trabalho a fazer.


O desenho do interior foi feito por Peter Horbury, e já que falamos de interiores é la que encontramos mais uma característica dos 480, os quatro bancos individuais do carro. Na parte de trás do carro não havia um banco traseiro montado, mas sim dois bancos separados que podiam ser ajustados separadamente. O interior oferece muito espaço e é muito confortável, mesmo para os padroes de hoje.
Após alguns testes (como o deserto australiano para as condições extremamente quentes, os testes de inverno em Lapland e um monte de viagens na Alemanha e nos Países Baixos), o carro foi terminado, volvidos 5 anos, em 1985, e o G13 passou a ser chamado de Volvo 480.
A apresentação para a imprensa do Volvo 480 foi em 15 de outubro de 1985 e o novo coupé Volvo foi exibido pela primeira vez ao público no Salão Automóvel de Genebra, na Suíça, em Março de 1986. Foi o primeiro carro de tração dianteira da Volvo e também o primeiro carro com faróis pop-up.


Os motores de 1,7 litros foram escolhidos do catalogo da Renault, que usou o motor no Renault 11, 19 e 21 e até mesmo na Renault 5. No entanto a Volvo achou que o motor não era bom o suficiente para o novo coupé, e com o passar dos anos foram introduzidas algumas alterações desde a adoção de um turbo em 88, o que melhorou bastante as prestações, ate ao recurso dos serviços da Porsche em Weissach (Alemanha) para algumas modificações e tuning.


A Porsche conseguiu aumentar o torque e a velocidade máxima foi também aumentada para 190 kmh e aceleração de 0-100km/h deveria ser feita em menos de 10 segundos.
No final de 1991 (quando a produção de 1992 começou) o motor de 2,0 litros foi introduzido. Em 7 de setembro de 1995 a produção da Volvo 480 terminou, depois de 80,463 terem sido produzidos, resultados que mostram a aceitação deste carros por parte de um publico que não era nada fácil, recordo que nesta altura era a época dos pequenos franceses de garras afiadas, e não só...

O 480 teve inúmeras versões sempre sobre a plataforma coupé, no entanto, ficou por fazer aquele que na minha opinião seria o top dos 480, 480 turbo cabrio.
Depois do volvo 480 estar nos stands pouco ou nada havia a fazer com os protótipos a não ser destruir-los.


No entanto um senhor chamado Martin van den Heuvel, olhou para as suas criações e pensou, e então se fizesse-mos um cabrio....
A ideia agradou a Rob Koch, que lançou o desafia há equipa de design. Steve Harper, um free lancer aceitou o desafio e fez uns sketchs de um dos Volvos com mais sexyness de sempre. Devido a problemas com as parcerias neste projeto, a Volvo nunca chegou oficialmente a produzir este carro, no entanto existem alguns exemplares que de uma forma ou outra foram sendo construidos, estando um no museu da Volvo.


Na minha modesta opinião este carro é sex on wheels. Na altura em que foi construido era uma verdadeira maquina, era um objeto de desejo. No entanto esta magnifica obra de arte automóvel sofreu um pouco com as baixas performances do motor Renault. Mesmo na versão Turbo, aquelas linhas mereciam maior poder de fogo, talvez um 5 em linha do 850R fosse suficiente, se existisse na altura...

Helder Teixeira, no Vicio dos Carros





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