Ícones do nosso tempo - Fiat 600

Depois de na passada semana ter falado do um carro cujo o propósito era ser um ícone no que toca ao estilo e engenharia de topo, esta semana vou falar de uma coisa completamente diferente, um carro que foi desenhado para ser pratico e pouco dispendioso, onde os preceitos de estilo não foram um dos principais predicado no seu design. No entanto a historia por vezes e bastante irónica e este de que vos falo e sem sombra de duvida um ícone de estilo, um caro com tanta pinta que sobrevive como um verdadeiro ícone de estilo até aos dias de hoje.

Hoje vamos falar do Fiat 600, provavelmente o carro citadino com mais pinta de sempre.

Introduzido em 1955, o novo Fiat 600 tinha portas suicidas, quatro lugares e um motor de 633cc refrigerado a água. O motor era um quatro cilindros localizado atrás dos bancos traseiros vinha também equipado com suspensão independente nas quatro rodas.

O conceito do Fiat 600 nasceu em 1951, um novo modelo para substituir o antigo Fiat 500C (Fiat Topolino) e foi projetado para transportar quatro adultos. A Fiat também queria cortar custos de produção, por isso tinha de ser mais barato, mas melhor e mais rápido.

O desenho final da série 600 e o primeiro protótipo são muito parecidos, tal é o apelo deste conceito, e os carros foram bastante fáceis de produzir.

Dois anos antes da produção do Fiat 600 começar foi decido que o carro tinha que ter um motor traseiro com tração traseira, devido ao espaço interior.

A Fiat também desenvolveu um novo motor, que foi um dos motores padrão para muitos Fiats durante os anos 60,70 e 80. O Fiat 600 é um carro simples, com o motor, transaxle e radiador localizado na parte traseira.Quando foi lançado o primeiro Fiat 600 tinha um chassis avançado e bom desempenho.

Não foi uma tarefa fácil para desenvolver um sucessor para o Topolino ,no entanto o novo Fiat 600 era um carro completamente novo e foi um dos maiores sucessos da Fiat. O pequeno motor tinha um bom torque compensando assim a falta de velocidade e motor traseiro deu ao carro algumas vantagens, como maior espaço interior e menos peso.

Em parte e também devido a esta configuração que o peso do carro se mantém bastante reduzido o que leva a que o desempenho em estrada que não desiludia, em alguns aspetos era ate melhor em comparação com os seus concorrentes no momento . Em toda a Europa o carro teve vários comentários positivos. O carro era pequeno, mas eficaz. Não era luxuoso, mas era muito fácil de manter e modificar, coisa que desde sempre foi feito pelos apaixonados deste modelo, e pela Abarth, mas isso são outras historias de que certamente falaremos por cá ...

É claro que o Fiat 600 não tem zonas de segurança, e muitos dos mais céticos certamente não se sentem confortáveis com o tanque de gasolina sob o capot, na frente do motorista, mas é isso mesmo que faz deste carro aquilo que ele é, e o 600 é um carro citadino, prático , básico, mas com muita pinta.

Como bom italiano que é, este Fiat arrebatou imensos corações e deixou uma imensa coleção de modelos criados a sua imagem por todo este planeta a que chamamos casa. Deixou filhos em terras de nuestros hermanos, os Seat 600, na Alemanha os Jagst 600 produzidos pela Neckar, na antiga Jugoslavia o zastva 600,e na America do sul sob a insígnia Fiat 600R.

Digamos que não é um carro de alta velocidade, a velocidade máxima era de 95 km / h, mas este carro teve um papel na historia automóvel que na minha opinião apenas tem paralelo no Ford T.

Foi um dos carros que por onde passou desempenhou o papel de carro do povo, foi através dele que muitos chegaram pela primeira vez ao contacto direto com os carros, e é por isso que ate aos dias de hoje é idolatrado por todo o mundo por uma legião de fãs.

Os números falam por si, em todo o mundo, com a marca Fiat ou sob outras insígnias, estima-se que tenham sido vendidas cerca de 5 milhões de unidades deste pequeno grande ícone Italiano.

Helder Teixeira, no Vicio dos Carros