Ícones do nosso tempo - Jensen Interceptor
- Helder Teixeira
- 23 de fev. de 2015
- 3 min de leitura
Nos ícones desta semana vamos falar de um modelo de uma marca que já não existe no panorama automóvel mundial. Vamos falar de uma marca de terras de sua majestade. Uma produtora de carros desportivos dos tempos de antigamente quando os carros eram construidos by hand. Um carro que trazia consigo um V8 e design by carrozeria touring com construção Vignale, como fontes de apelo, e era mesmo muito o apelo criado, tanto que levou a criação de um modelo revivalista nos últimos tempos.
Hoje estou virado para os V8 europeus, ou quase, e este de que vos vou falar pareceu-me uma escolha lógica, hoje vamos falar do Jensen Interceptor.

O Jensen Interceptor é um carro desportivo da classe GT. Os Interceptor eram construído por artesãos na Kelvin Way Factory, em West Bromwich perto de Birmingham, na Inglaterra pela Jensen Motors entre 1966 e 1976.
Este novo Interceptor viu a Jensen retornar a um corpo de aço, em vez das usadas anteriormente carroçarias em fibra. O corpo foi projetado por uma empresa externa, a Carrozzeria Touring da Itália, em vez de a equipe in-house.

Os primeiros corpos foram construídos em Itália pela Vignale, antes da Jensen iniciar a produção em casa, fazendo algumas modificações corporais subtis.
No que toca ao estilo os italianos nunca comprometem e este Jensen é daqueles carros que grita luxo e estilo quase tão alto como o seu motor grita de poder quando carregamos no acelerador.



A Jensen usou motores Chrysler V8 para para locomover o Interceptor, começando com o V8 de 6276 cc com o transmissão manual como opcional ou a transmissão Torqueflite automática para fazer rodar as rodas de traseiras através de um diferencial de deslizamento limitado num eixo traseiro convencional.

Em 1970, o 383 C. I. produzia 270 cv SAE, mas em 71 depois de afinado pela Chrysler para uso com gasolina comum só produziu 250 cv, a Jensen achou pouco e optou por em 71 introduzir um novo motor, os 440 (7.200 cc), com duas configurações diferentes. Um deles tinha um carburador de 4 corpos e produziu 305 cv, o outro, tinha três carburadores de dois corpos e produziu 330 cv, só estiveram disponíveis em 1971. Somente 232 carros foram construídos com o 440 "Six Pack", e teve a distinção de ser o carro mais potente de sempre ter sido feita por Jensen.


Para 1972, o 440 com três carburadores já não eram produzidos pela Chrysler Corp., o 440 que permaneceu foi afinado para 280 cv.
Mas o Jensen Interceptor tem mais historia do que um bom motor e muito estilo. Em 1967 a Jensen em parceria com a Ferguson Formula, lançou o Jensen FF um Interceptor com tração as quatro rodas e ABS, isto em 1967.

Este foi o primeiro carro de serie a usar um sistema de tracção as rodas, no entanto por ser tão avançado surgiram vários problemas, e não foi um carro de muito sucesso, graças a estes problemas e também devido ao seu preço demasiado elevado em comparação com o Interceptor normal.
Depois existem os raríssimos coupes onde foi acrescentada uma mala a versão mais comum, os fastback, mantendo o estilo e linhas do Interceptor e os cabrios que foram produzidos com o mercado dos states em mente, imagem andar com um destes bichanos de cabelos ao vento.... Podem parar já chega de sonhar acordado.


A produção dos Interceptors foi terminada em 1976 tal como a Jensem devido a problemas financeiros, mas no final de 1980 o Interceptor foi relançado como a Série 4. Esta produção durou até 1993 como um trabalho de artesãos numa produção de números baixos, com mecanicas fornecidas como sempre pela Chrysler.

Este Jensen teve também uma aparição na grande tela no filme Fast and Furious 6, onde aparece com umas listas e um look muito agressivo, um bad boy verdadeiramente.



E esta é a historia de um ícone dentro dos GT europeus do nosso tempo, um carro cheio de pinta que cativou o coração dos apaixonados de tal forma que eles simplesmente não o deixam morrer. Sempre que assim parece acontecer aparece alguém que olha para eles e simplesmente acha que um carro tão fantástico não deve morrer....
Helder Teixeira, no Vicio dos Carros






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