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Star Cars

  • Foto do escritor: Helder Teixeira
    Helder Teixeira
  • 12 de fev. de 2015
  • 2 min de leitura

Para falar de supercarros italianos nesta rúbrica, só havia mesmo uma escolha sensata.

Escolham o vosso fato mais claro e enrolem as mangas, vamos visitar o Estado da Florida nos anos 80 e falar sobre os Ferraris de Miami Vice.

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Antes de mais, devo avisar que um destes Ferraris é tão Ferrari como um Opel Astra, ou seja, não o é, de todo. O belo Daytona descapotável que o Detective James “Sonny” Crockett conduzia pelas ruas de Miami nas primeira e segunda temporadas era, na verdade, um Chevrolet Corvette de terceira geração. Devido à semelhante distancia entre eixos e dimensões do carro, os painéis em fibra de vidro moldados a partir do original assentavam perfeitamente no chassis do Corvette, enganando mesmo os olhares mais atentos durante anos, nem Enzo Ferrari suspeitava.

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Até que se soube. E quando chegou aos ouvidos de Il Commendatore que o Ferrari pelo qual meio mundo se estava a babar não era sequer um Ferrari, este fez o que qualquer dono de uma marca de automóveis com um feitio difícil e um orgulho gigante faria… ofereceu dois Testarossa novinhos em folha à produção, com a pequena condição de que a réplica do Daytona desaparecesse dos ecrãs. Um pequeno preço a pagar por publicidade na série de TV mais vista no mundo, publicidade essa de tal forma rentável, que o senhor Ferrari ainda ofereceu um terceiro Testarossa a Don Johnson, o actor que encarnava o personagem Sonny Crockett, para agradecer o sucesso que a série trouxe ao modelo.

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Os carros que Enzo forneceu a Miami Vice eram pretos, chegando mesmo a surgir no primeiro episódio da terceira temporada nessa cor, nas mãos do criminoso a quem viria a ser apreendido antes de ir parar às mãos de Crockett, mas a produção decidiu que o branco seria uma cor mais adequada para contrastar com a escuridão nas cenas nocturnas. Mas esta não foi a única decisão que os criadores da série tomaram em relação ao Testarossa, para este seguir as pisadas do seu antecessor, não poderia ter vida fácil, o Daytona costumava ser visto a velocidades elevadas, a saltar lombas e a raspar no chão deixando um rasto de faíscas mais impressionante do que um carro de DTM, ao som de Phil Collins. Para as cenas do género que o Testarossa teria de enfrentar, foi criado um “stunt car”, com base num De Tomaso Pantera. Eu sei, na minha cabeça também não faz sentido destruír um Pantera para fazer um Testarossa, mas isto era Hollywood a filmar em Miami nos anos 80, cocaína era coisa que não faltava. Nalgumas cenas e fotografias distingue-se o pára-brisas mais curto e menos inclinado do De Tomaso.

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E pronto, graças a um míssil Stinger disparado por um traficante de armas, o Daytona saiu de cena e o Testarossa tornou-se no carro de trabalho de 50% da melhor dupla policial de sempre durante o resto da série, mesmo até ao último episódio. Para Ricardo Tubbs, a escolha foi sempre um Cadillac DeVille descapotável de 1964.

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Gonçalo Sampaio, no Vício dos Carros


 
 
 

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