Ícones do nosso tempo- Manx Buggy
- Helder Teixeira
- 2 de fev. de 2015
- 4 min de leitura
Agora que os dias de calor intenso do verão estão demasiadamente longe, e porque estamos todos com aquela vontade de dizer volta calor que estas perdoado, fazia todo o sentido falar de um carro que esta intimamente ligado ao verão. Portanto hoje no vicio dos carros vamos falar do carro que mais cabeças faz virar no verão, um carro em que a sensação de andar com os cabelos a vento, e com a brisa de verão pelo corpo fazem parte da experiência de o conduzir. Hoje vamos falar de buggys, mas não de um qualquer. Vamos falar do buggy mais icónico de sempre do Meyers Manx Dune Buggy, aquele que todos nos gostaríamos de ter numa tarde de verão.

O Meyers Manx Dune Buggy é um automóvel orientado para fins recreativos, projetado inicialmente para corridas deserto pelo engenheiro californiano, artista, construtor de barcos e surfista Bruce F. Meyers.
Foi produzido pela sua empresa na Califórnia, BF Meyers & Co, na forma de kits aplicados ao chassi do Volkswagen carocha.
Este carro digamos que dominou as corridas nas dunas no seu tempo, batendo recordes de imediato, e acabou por ser também lançado em modelos orientados para a rua, até ao desaparecimento da empresa devido a problemas fiscais depois da morte de Meyers.
Com base na sua experiência na construção de veleiros, Meyers modelou pessoalmente e construiu seu primeiro buggy, o "Old Red", um VW carocha encurtado com um monocoque, de fibra de vidro e suspensão modificada, desde o final de 1963 até maio de 1964, na sua garagem em Newport beach, Califórnia.

O primeiro buggy street-legal de fibra de vidro, contou com uma carroceria unibody que fundiu o corpo, guarda-lamas e moldura num so, retendo apenas o motor, transmissão e outras peças mecânicas do VW carocha original, com uma característica única que o fez o carro a ter no verão por excelência, não tinha tejadilho, nem portas.
A Meyers produziu kits mais tarde, em 1964 e em 1965, comercializados sob o nome Meyers Manx e embora este projeto inicial tenha sido aclamado pela crítica, foi mesmo destaque na capa da revista Car & Driver e chamou muita atenção, revelou-se demasiado caro para ser rentável. Em última análise, foram produzidos apenas 12 kits do monocoque Manx. No entanto, Meyers e um amigo (ambos corredores amadores) bateram por mais de quatro horas o recorde da corrida de Ensenada - La Paz, o anterior record de 39 horas, até então mantido por um piloto profissional. De acordo com James Hale, compilador do Dune Buggy Handbook, este feito inaugurou uma era de domínio dos buggys Meyers Manx em eventos off-road.


Os mk1 fabricados pela Meyers Manx contavam com uma carroceria de fibra de vidro com rodas abertas , juntamente com a mecanica dos Volkswagen Beetle com motores boxer arrefecidos a ar, com as mecanicas que o cliente final la conseguisse encaixar, desde o 1.2 ate ao 1.6 da VW ou outros, mas já não seria um Manx mas sim um trabalho de entusiasta. É um carro pequeno, com uma distância entre eixos 36,2 centímetros mais curtos do que um carocha para garantir maior leveza e melhor manobrabilidade. Por esta razão, o carro é capaz de aceleração muito rápida e bom desempenho off-road, apesar de não ser de quatro rodas motrizes.


Devido a sua popularidade este modelo foi extremamente copiado por empresas independentes levando a que a Meyers inc tenta-se em tribunal travar a copia do seu carro, no entanto este esforço em proteger o que por direito era seu revelou-se

infrutífero e perdeu o caso o que levou a que actualmemte existam no mercado imensos buggys Meyers copiados, no entanto estas copias não são tão aprimoradas como os Manx, o que leva normalmente a que sejam mais longos e mais estranhos para os olhos do conhecedor.
Na cultura popular os Manx têm aparecido em vários filmes, incluindo filmes do rei do rock, Elvis Presley, em 1968, e no filme The Thomas Crown Affair com Steve Mcqueen ao volante no qual contém uma cena longa de condução na praia onde um Meyers Manx fortemente modificado, e equipado com um motor de seis cilindros boxer do Chevrolet Corvair é lançado ao longo de várias dunas.


É também a personagem principal de um filme que os da minha idade recordaram, com os míticos Bud Spencer e Terrence Hill, os reis da chapada de mão aberta,

ate as personagem da Barbie, matchbox, e hotwheels, passando por jogos tão icónicos como OutRunners da Sega, como Wild Chaser, ou o Grand Theft Auto, onde um veículo que se assemelha ao Meyers Manx é chamado de Injection BF, primeiro destaque no Grand Theft Auto III.
A sua ultima aparição no grande ecrã foi pelas mãos dos Gorillaz, no vídeo clip da musica 19-2000. É referido pelo membro da banda Murdoc Niccals como o "Geep" (fazendo referência a Jeep), e é personalizado com um trabalho de pintura de camuflagem, um compressor e misseis montados na lateral.


Tudo isto faz com que este seja um ícone por mérito próprio. E o veiculo do verão por excelência, um ícone dos anos 70 com muita pinta de surfista que pelo meio arrasou com a competição e todos aqueles que na estrada se atreviam a lhe fazer frente.
Portanto volta verão que estas perdoado e traz um Manx para eu curtir se não for muita maçada....
Helder Teixeira, no Vicio dos Carros







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