Ícones do nosso tempo- Jaguar Mk2

Depois de uma semana inteiramente dedicada aos japoneses vou começar esta semana do Vicio dos Carros com um carro icónico produzido em terras de sua majestade. Um carro desenhado para transportar contabilistas em grande estilo e conforto, mas que, no entanto, ficou na historia como sendo um dos carros de fuga preferidos por homens que se dedicavam mais há ladroagem. Fala-vos do Jaguar mk2.

O Jaguar Mark 2 é um sedan luxoso construído desde o final de 1959 até 1967 pela Jaguar em Coventry, Inglaterra.

Ficaram para historia com a reputação de ser um carro capaz de brilhantes prestações e desempenho, quer entre os criminosos quer entre as forças policiais. O modelo com o motor 3.8 era particularmente rápido, com os seus 220 meninos fazia o carro alcançar os 120km\h em 8,5 segundos e uma velocidade máxima de 201 km / h, com espaço suficiente para cinco adultos, um cadáver ou outra coisa qualquer na mala, e mesmo assim fugir da policia, ora isto parecia interessante para os criminosos, no entanto também foi utilizado pela policia para os parar.

Engraçado como um dos mais populares carros de fuga entre a ladroagem, também utilizado pela polícia para patrulhar as auto-estradas britânicas, faz me lembrar a velha máxima “ se não os podes vencer , junta-te a eles”

Aderindo à máxima da "graça, ritmo e espaço" de Sir William Lyons, o Mark 2 foi um sedan rápido e capaz. Ele vinha inicialmente com motorizações de 120 cv , 2.483 centímetros cúbicos, 210 cv e 3.442 centímetros cúbicos ou o mais apetecível com 220 cv 3 3781 centímetros cúbicos do Jaguar XK. O 3.8 é semelhante ao utilizado nos unidade 3.8 e-Type , mas com coletores de admissão e carburadores diferentes e, portanto,cerca de 30 cv a menos, que o e-type.. O 3.4 e o 3.8 foram equipados com carburadores duplos SU HD6 e o 2.4 Litre com carburadores Solex individuais.

A geometria da suspensão dianteira foi reajustada e a traseira foi alargada para permitir um melhor desempenho. Travões de disco nas quatro rodas eram standard. Direção hidráulica, tinha como opcional o overdrive, uma velocidade extra para permitir melhores consumos. Na versão dos “gangstas”, o 3.8, era equipado também com um diferencial de deslizamento limitado. Relembro que estamos a falar de um sedan, não de um desportivo.

Com este novo modelo a jaguar transformou a aparência do mk1 com o aumento de 18% na área de vidro do habitáculo, o que permitiu melhorar bastante a visibilidade e luminosidade. O carro foi re-projetado com pilares dianteiros diferentes o que permitiu um pára-brisas mais amplo e a janela traseira quase envolvida em torno das janelas laterais aumentadas . A grelha do radiador foi alterada e as luzes laterais, traseiras reposicionadas. Dentro de um novo sistema de aquecimento foi instalado e conduzido para o compartimento traseiro (embora ainda notoriamente ineficaz), mas mesmo assim estamos a falar de um carro da década de 60.

Este e um dos modelos mais interessantes do mercado inglês e um carro que envelheceu com estilo, e que continua a ser um ícone no que toco ao conforto e linhas clássicas, refletidas pela própria Jaguar em modelos mais atuais.

Devido as suas características dinâmicas e de desempenho foi também um dos modelos da Jaguar que consegui arrecadar algum palmares em seu nome, deste palmares fazem parte o europeu de touring cars, o campeonato australiano de touring e varias corridas de resistência, ganhas por um carro concebido para transportar a classe media alta em estilo.

Ora este foi outro dos factos que contribuiriam para que este jaguar tivesse um lugar de destaque na parafernália de modelos da Jaguar, foi modificado pelos entusiastas, recriado, restaurado e transformado e mesmo assim manteve sempre um estatuto de carro de luxo, e de muita snobness da boa. É um monarca com estilo, eternamente associado ao luxo e a performance.

Na minha opinião é um dos primeiros sedan de luxo a ter um comportamento de um desportivo, um conceito agora tão em voga pelos construtores atuais. É sem sombra de duvida que afirmo que o mk2 da Jaguar é um carro icónico, em particular, da jaguar e um dos mais icónicos de sempre vindos de terras de sua majestade.

Hélder Teixeira, no Vicio dos Carros

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